O Metrópoles não esqueceu de celebrar o mês do Orgulho LGBT+, comemorado devido ao dia 28 de junho de 1969, quando ocorreu a Revolta de Stonewall. Para isso, foi desenvolvido uma lista com cinco livros, de variados gêneros, escritos por autores que abraçaram sua sexualidade, a comunidade LGBT+ e, principalmente, a luta da minoria.
Chico Fonseca – Amores, Marias, Marés
Marias, Amores, Marés foi criado com base em uma memória de adolescência do autor Chico Fonseca, que escutou da boca de seus parentes uma notícia escandalosa: um adultério. O “pior”, se tratava de um relacionamento inter-racial, envolvendo duas mulheres, união que na década de 60 não fazia parte do imaginário coletivo.
Para Chico, difundir a aceitação “das diferentes formas de manifestação da sexualidade humana é um avanço civilizatório”. Esse é um dos pensamentos que o incentivou a escrever a obra, que é descrita em sua sinopse como uma “narrativa repleta de empatia, respeito e delicadeza”.
A história gira em torno da relação amorosa entre Maria Ellena, branca, 26 anos, professora de História e recém-casada com um aristocrata, e Mariana, uma moça afrodescendente de 19 anos a quem ela está orientando para prestar vestibular para a Faculdade de História.
Será que as duas mulheres, que vivem na cidade de São Luís do Maranhão, na década de 1960, terão forças para reprimir os seus desejos e afetos? Ou vão preferir enfrentar os preconceitos e as convenções sociais, e encontrar uma maneira de viver a sua relação de maneira livre?
Miriam Squeo – Por trás Dos Meus Cabelos
window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push( mode: "rec-reel-2n5-a", container: "taboola-mid-article-reco-reel", placement: "Mid Article Reco Reel", target_type: "mix" );Com quase 30 anos, Miriam Squeo, autora de Por Trás Dos Meus Cabelos, descobriu ser bixessual, ou melhor, teve coragem para deixar a heteronormatividade e sair de um relacionamento de muitos anos, a fim de “livre e feliz”.
Sua vivência foi inspiração para escrever Por trás Dos Meus Cabelos, um livro sáfico, gênero que nunca teve a oportunidade de ler na época em que descobriu a própria sexualidade:
“Não são só finais felizes, como muitos livros retratam. São relações complexas, que também podem ser tóxicas e abusivas. O livro traz uma importante reflexão sobre a própria capacidade de reinventar-se, sair da zona de conforto e aprender a se amar de verdade”.
Por trás dos meus cabelos é um romance em que a protagonista conduz o leitor a uma viagem de descobertas dela mesma, passando por vários países e lugares, muitos encontros e alguns desencontros. Itália, Paris, Rio de Janeiro e Fernando de Noronha, destinos paradisíacos fazem parte dessa história e são panos de fundo para uma aventura repleta de amor, descobertas, desejos e sexo.
Stefano Volp – O Beijo do Rio
O Beijo Do Rio, de Stefano Volp, é envolvido pelo protagonismo negro e bissexual. É um thriller psicológico que traz a história de um jornalista encarregado de investigar a morte de seu melhor amigo de infância, enquanto lida com visões desconcertantes, segredos perigosos e traumas do passado.
Patrick Cassimiro – Fabulosas: Histórias de Um Brasil LGBTQIAP+
Laerte, Caio Fernando Abreu, Marielle Franco e Linn da Quebrada são alguns dos mais de 30 personagens que deixaram uma marca no Brasil e foram homenageados na obra Fabulosas: Histórias de Um Brasil LGBTQIAP+ . Os leitores vão poder conhecer pessoas que, por meio de sua arte, sua vida e sua luta, contribuíram pela luta dos direitos da comunidade gay.
No livro é abordado desde peculiaridades sobre o percurso enfrentado até o primeiro beijo gay ser exibido na TV brasileira, até os principais termos do Pajubá (dicionário de gírias LGBT+).
Chico Felitti – Rainhas da Noite
“É como se Deus não tivesse descansado no sétimo dia: criou o homem, a mulher e, um dia depois, Jacqueline”
Neste livro documental, o jornalista, sociólogo, roteirista e escritor brasileiro Chico Felitti se empenhou em uma rede de pesquisa e entrevista para reconstituir a história de três personalidades transsexuais fundamentais tanto para a cidade de São Paulo quanto para a comunidade LGBTQIA+ do resto do país.
Felitti propôs exibir o que ficou fora do registro burocrático: a ternura, a riqueza, a generosidade e a irmandade de Jacqueline Welch, Andréa de Mayo e Cristiane Jordan, que dominaram o centro da maior cidade do Brasil entre as décadas de 1970 e 2010.
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