Bombeiros e policiais militares estavam no plenário da Câmara dos Deputados quando receberam aviso sobre cancelamento de sessão
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cancelou a sessão solene de homenagem aos bombeiros e policias militares do Distrito Federal, na manhã desta segunda-feira (3/7), quando centenas dos homenageados estavam presentes no plenário da Casa.
A sessão ocorreria às 10h, e o aviso do cancelamento chegou às 9h24, segundo o deputado federal Alberto Fraga (PL), um dos parlamentares que propuseram o evento.
Fraga enviou ofício aos comandantes da Polícia Militar (PMDF), coronel Klepter Rosa, e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), coronel Mônica Miranda, no qual afirmou que a “lastimosa decisão partiu do presidente, de modo intempestivo, faltando apenas 36 minutos para o evento, sob alegação de uso do plenário para esforço legislativo concentrado”.
O deputado afirmou que Lira “deixou de atender insistente pedido para revisão da decisão, tendo em vista os transtornos e a decepção pela comemoração do glorioso 2 de julho, Dia do Bombeiro”.
O presidente da Associação dos Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do DF (Assofbm-DF), coronel Eugênio César Nogueira, considerou “muita falta de respeito” o cancelamento da sessão solene em cima da hora.
Havia expectativa de que, durante a cerimônia, os parlamentares presentes falassem, também, sobre a manutenção do texto do Marco Fiscal, aprovado pelo Senado e que deixou de fora o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) do teto de reajuste anual.
O FCDF custeia as polícias Civil, Militar e o Corpo de Bombeiros do DF com recursos da União.
A assessoria de imprensa do presidente da Câmara informou que o cancelamento de todas as sessões solenes e de outras atividades da Casa, como as reuniões da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro e da CPI das Americanas, ficou definido durante reunião dos líderes, que acabou na madrugada desta segunda-feira (3/7).
Os parlamentares concentraram esforços para votar as pautas prioritárias, a exemplo do arcabouço fiscal e reforma tributária, antes do recesso.
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