Alegações cancelaram evento, quase mataram o automobilismo em Brasília e debilitou a saúde de acusado que faleceu
Decisão da 2ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) mostra como podem ser prejudiciais à sociedade iniciativas judiciais meramente lacradoras ou inspiradas por interesses políticos partidários.
Trata-se da absolvição do ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e outros em processo de “improbidade administrativa” que impediu a realização da Fórmula Indy em Brasília e praticamente destruiu o automobilismo na cidade, que já revelou para o mundo alguns dos mais talentosos pilotos brasileiros.
Injustiça pode matar
Votaram pela absolvição o relator, desembargador João Egmont, a convocada Maria Leonor Leuko Aguena e o desembargador Renato Rodovalho Scussel.
Além de Agnelo, também foram absolvidos a ex-presidente e o ex-diretor financeiro da Companhia Imobiliária do DF (Terracap) Maruska Lima de Sousa Holanda e Jorge Antônio Ferreira Braga, além do ex-secretário de Publicidade Institucional, Carlos André Duda.
Jornalista muito querido em Brasília, André Duda morreu em julho de 2018, segundo amigos, consumido pela angústia que a acusação improcedente provocou, e reiterando frequentemente a sua inocência
Rollemberg, o medroso
Na época, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios “improbidade administrativa” no contrato 63/2014 relacionado à reforma do autódromo de Brasília, e no termo de compromisso firmado pelo ex-governador Agnelo Queiroz com a emissora Band.
O termo visava realizar a Fórmula Indy em março de 2015 na capital, mas, a acusação considerada improcedente coincidiu com a atitude medrosa do então governador Rodrigo Rollemberg (PSB), conhecido pelo medo exacerbado do MP, e pelos próprios interesses político-eleitorais, na condição de adversário de Agnelo Queiroz.
Diário do Poder
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