Espaço dos direitos das mulheres na Ceilândia: Uma conquista para a comunidade

 

Celina Leão: “A gente trabalha em rede, com o envolvimento de várias secretarias e, agora, com as nossas administrações regionais”. Foto: Renato Alves/Agência Brasília

O Comitê contará com uma equipe de profissionais capacitados para atender as mulheres vítimas de violência

Por Delmo Menezes

A comunidade de Ceilândia, a região administrativa mais populosa do Distrito Federal, comemora a inauguração do Comitê de Proteção à Mulher, um novo espaço dedicado à defesa e promoção dos direitos das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

Localizado na sede da administração regional (QNM 13, Módulo B), o Comitê iniciou suas atividades nesta quinta-feira (4) e funcionará de segunda a sexta-feira, em horário comercial.

A unidade de Ceilândia é a segunda a entrar em funcionamento – a primeira foi inaugurada no Itapoã, em março. Os comitês estão previstos na Lei nº 7.266/2023, de autoria da deputada distrital Jane Klebia, e a norma será regulamentada com a publicação de um decreto no Diário Oficial do Distrito Federal.

Governadora em exercício Celina Leão. Foto: Foto: Renato Alves/Agência Brasília

A criação do Comitê representa um marco importante na luta contra a violência contra a mulher em Ceilândia. A região, com mais de 287 mil habitantes, registra altos índices de violência doméstica, e o novo espaço busca oferecer acolhimento, orientação e direcionamento para as mulheres em situação de vulnerabilidade.

Durante a inauguração, a governadora em exercício Celina Leão destacou a previsão de abertura de sete comitês e elogiou a ampliação de acolhimento às mulheres.

“É uma política pública importante. A gente trabalha em rede, com o envolvimento de várias secretarias e, agora, com as nossas administrações regionais. Às vezes, as pessoas querem procurar ajuda e não querem ir a uma delegacia, querem ter um primeiro atendimento prévio, até para entender. E a gente também quer tratar outras pautas, como empreendedorismo, um lugar onde as mulheres se sintam acolhidas para qualquer tema”, afirma Celina.

Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, o Comitê vai atuar como um braço da CMB e dos 14 outros equipamentos, totalizando 16 em funcionamento. Segundo a gestora, a escolha pela região se deu pelas características da cidade.

“Nós vemos os indicadores onde a política pública da mulher tem que estar mais presente. A Secretaria da Mulher vai estar presente em todo o DF, mas a gente sabe da necessidade singular de Ceilândia, que é uma cidade populosa, que a gente também tem muitos altos índices de violência doméstica. Então esse é mais um equipamento,” acrescenta Giselle Ferreira.

Localizado na sede da administração regional (QNM 13, Módulo B), o espaço abriu as portas nesta quinta-feira (4) e vai funcionar em horário comercial, de acordo com o da administração regional. Foto: Renato Alves/Agência Brasília.

Funcionamento do Comitê

O Comitê contará com uma equipe de profissionais capacitados para atender as mulheres vítimas de violência, oferecendo serviços como:

  • Acolhimento e escuta qualificada;
  • Orientação jurídica e psicológica;
  • Encaminhamento para outros serviços da rede de proteção à mulher;
  • Apoio na realização de denúncias;
  • Acesso a medidas de proteção, como medidas cautelares e acompanhamento psicossocial.

Um espaço para a comunidade

Além dos serviços de atendimento individualizado, o Comitê também pretende promover ações de conscientização e prevenção da violência contra a mulher, através de palestras, workshops e campanhas educativas. O objetivo é criar um espaço acolhedor e seguro para que as mulheres se sintam livres para buscar ajuda e denunciar a violência.

A inauguração do Comitê de Proteção à Mulher em Ceilândia é mais um passo importante na construção de uma sociedade mais justa e igualitária para as mulheres. O espaço representa um símbolo da luta contra a violência e do compromisso das autoridades com a defesa dos direitos das mulheres.

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Da Redação do Agenda Capital

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