Por: Poliane Ketlen
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) determinou a seus servidores a participação obrigatória em um curso de direitos humanos e a inclusão de um questionário sobre identidade política e afinidade partidária. O questionário pergunta aos servidores se eles se identificam como extrema esquerda, esquerda, centro-esquerda, centro, centro-direita, direita ou extrema direita. Além disso, também busca saber se os policiais rodoviários federais têm alguma afinidade partidária, listando partidos como Democratas, Partido Democrático Trabalhista, Partido do Movimento Democrático Brasileiro, Partido da Social Democracia Brasileira, Partido Socialismo e Liberdade, Partido dos Trabalhadores, Partido Trabalhista Brasileiro, Partido Verde e outros.
A inclusão dessas perguntas gerou preocupação e críticas sobre o real objetivo da coleta dessas informações. A principal questão levantada é para que a instituição deseja esses dados e se os policiais que não estiverem alinhados ao governo poderiam ser perseguidos. Esse cenário levanta a possibilidade de ser um caso clássico de preparação para assédio moral dentro da instituição.
Senadora Damares Alves Expressa Indignação
A senadora Damares Alves se manifestou publicamente sobre a situação, expressando sua indignação. “Estou chocada com essa informação. A PRF é órgão de Estado, e seus servidores estão a serviço do povo, e não do governo da vez. Se não é para perseguir, para que serve manter dados do servidor como este?” afirmou a senadora.
Medidas em Resposta
Diante da gravidade do caso, Damares Alves anunciou que seu gabinete está preparando um requerimento de informações para a direção da PRF. Além disso, não descartou outras medidas contra o que considera uma arbitrariedade. A senadora ressaltou que a direção da PRF terá que se explicar ao parlamento brasileiro e a toda a sociedade sobre o interesse público de tais questionamentos aos policiais rodoviários federais.
Repercussão e Debates
A exigência da PRF de coletar informações políticas e partidárias de seus servidores está gerando um amplo debate sobre a ética e a legalidade de tais medidas. Questões sobre a proteção de dados pessoais, o direito à privacidade e o possível uso dessas informações para fins de perseguição política estão no centro das discussões. A sociedade e os órgãos competentes aguardam esclarecimentos e ações que garantam a imparcialidade e a integridade dos servidores da PRF, mantendo o foco no serviço à população, conforme o princípio de que os órgãos de segurança devem atuar em prol do Estado e não de governos específicos.
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