Câncer de estômago pode estar ligado a alto consumo de sal e açúcar

Damião Miguel janeiro 22, 2025

Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e publicado na revista científica BMC Medicine no final de novembro de 2024 revelou que o consumo de grandes quantidades de açúcar em uma dieta não saudável e de sal em dietas saudáveis pode estar ligado à maior probabilidade de desenvolvimento de câncer no estômago. A pesquisa contou com a participação de 1.751 pessoas de São Paulo, Goiânia, Fortaleza e Belém.

A pesquisa classificou como padrão alimentar não saudável (PANS) dietas ricas em consumo de carnes processadas, bebidas gaseificadas com bastante açúcar e fast-food. Já o padrão alimentar saudável (PAS) foi caracterizado como uma dieta composta por alta ingestão de frutas, vegetais e baixos níveis de sódio.

Foi constatado que o padrão alimentar não saudável está ligado a um aumento na chance de câncer gástrico – os açúcares utilizados para adoçar contribuem de 7% a 21% nesse risco.

Já na dieta saudável o nível de consumo de sódio foi o principal fator controlador contra o risco de desenvolvimento de adenocarcinoma gástrico. Quanto maior a quantidade de sal usada na rotina, maior a probabilidade de aparecimento de tumores no estômago.

O que é câncer de estômago

O câncer de estômago, também conhecido como câncer gástrico, acontece quando há um crescimento anormal de células e ocorre de forma lenta. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tipo adenocarcinoma é responsável por cerca de 95% dos casos de tumor do estômago.

No Brasil, esse tipo de câncer é o quarto que mais atinge homens e o sexto mais frequente entre as mulheres.

Formas de prevenção

Como confirmado pela pesquisa, frituras e carnes processadas são alimentos perigosos. Já alimentos saudáveis e ricos em fibras, como frutas e vegetais, são grandes aliados para a saúde do estômago.

“Alimentos ricos em fibras protegem o organismo. As frutas ricas em vitamina C, que são antioxidantes poderosos, também funcionam como aliadas da saúde do estômago”, esclareceu o médico gastroenterologista Lucas Nova, que atende em Brasília, em entrevista anterior ao Metrópoles.